quarta-feira, 6 de junho de 2012

Restaurante Águas Livres


Estava mesmo à espera disto. Um restaurante bom a sério para começar o blog. Daqueles onde vamos e somos gratamente surpreendidos por tudo. É o caso do Águas livres. Um restaurante bom num sítio simpático. E começo mesmo por ai! Entrar e sair de lá é um prazer porque está ali quase, quase dentro da praça da mãe d’agua, a meio caminho entre o rato e as amoreiras mas no meio de um sossego que se agradece. Uma vez lá dentro é-se atendido com aquele jeito português de despachar as coisas sem as fazer a correr, com um à-vontade contagiante e simplicidade q.b. Aliás, a simplicidade agradece-se também no menu. Uma dúzia de pratos, todos tentadores, com uns 4 ou 5 peixes e outras tantas carnes.  A entrada era a mais portuguesa de todas. Pão e azeitonas. Um e outras excelentes e felizes da companhia mútua. Nos pratos escolhemos umas costeletas de borrego e un jaquinzinhos fritos com arroz de grelos! Deixámos atrás o rosbife prato do dia com fama de muito bom e fomos deixados para trás pelos filetes de pargo que se acabaram ao almoço. Bom sinal! Os cozinheiros foram despachados mas como fomos os primeiros a chegar e quando pedimos ainda não havia mais comensais, não posso assegurar que é sempre assim. As costeletas estavam no ponto, temperadas com ervas a sério, depois do lume e não durante, e vinham acompanhadas de batatas fritas e salada. A salada temperada com vinagreta de mostarda simples e saborosa e as batatas bem fritas e tão bem escorridas que no final a travessa não tinha uma gota de azeite. Detalhes que se agradecem e ficam bem. Os jaquinzinhos, no entanto, estavam noutro patamar… bastante acima. Bem temperados, bem fritos e uma vez mais sem gota de gordura em excesso. Um petisco acompanhado por um arroz de grelos fantástico. Bem sei que é um prato difícil e que há muito quem não goste. Mas acreditem, pior é gostar e volta não volta levar com um exemplar que nem ao diabo lembra. Mas hoje, não. Hoje o dia era de surpresas boas e o arroz e os grelos juntaram-se a preceito para formarem um prato saboroso como poucos. Correu lindamente. Ah, entretanto os empregados e uns senhores que devem ser os donos andaram a tratar da vida deles e deixaram-nos jantar à vontade sem nunca nos deixarem um minuto que fosse à espera do que fosse. Nem tão pouco se esconderam na hora de recomendar. “olhe que o branco da casa é de azeitão e é bom.” É sim senhor, muito bom até. Eu hei-de voltar e prá próxima pode ser uma jarrinha de litro!! E a encharcada pode-se recomendar. Pois pode e deve que está bem boa. Assim, para questões mais práticas pode-se dizer que já vi pagar o triplo em lx, não muito longe para comer pior. Portanto os preços são muitíssimo correctos. A melhorar? Olhe, peguem na televisão, levem ali ao alto do aqueduto, que está muito à mão e, como quem não quer a coisa, deixem cair. De resto, não mexam que está bom. Muito bom!

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